Como interpretar a classificação SAE dos aços
A classificação SAE (Society of Automotive Engineers – EUA |Sociedade de Engenheiros Automotivos – BR) é um sistema de identificação de 4 ou 5 dígitos baseada na composição química do aço, como um código que atesta quais elementos estão presentes na liga. Essa classificação padroniza a composição do aço no mundo todo e otimiza a produção que precisa de ligas específicas para cada demanda.
Justamente por se tratar de uma classificação definida por engenheiros automotivos, é comum encontrarmos outros insumos que utilizam o mesmo sistema, porém com composições diferentes – e esse é o caso dos óleos automotivos que também são padronizados por uma classificação SAE.
A mesma classificação também foi adotada pela AISI (American Iron and Steel Institute – EUA | Instituto Americano de Ferro e Aço – BR). Ambos os órgãos eram envolvidos na padronização numérica do aço, mas, desde 1995, o AISI transferiu a manutenção futura do sistema de classificação para a SAE, visto que o AISI nunca chegou a escrever nenhuma das especificações.
Esse fato é importante porque as certificações do aço comumente fazem referência tanto ao SAE quanto ao AISI e, para demandas mais generalistas ou trabalhos manuais, não haverá diferenças entre trabalhar com um aço denominado “SAE 4140” ou “AISI 4140”. No entanto, para demandas mais especificas, é recomendado seguir sempre a classificação SAE exata recomendada pela engenharia.
Como interpretar a classificação SAE?
Existem centenas de combinações de ligas de aço e, por esse motivo, a classificação com números se torna a forma mais fácil de identificar as propriedades daquela composição.
O primeiro passo para interpretar a classificação SAE é se atentar para as regras de apresentação no formato ABXX ou ABXXX. Os dois primeiros dígitos identificam os elementos de liga existentes no aço e seus teores, enquanto os dois ou três dígitos finais indicam os centésimos da porcentagem de C (Carbono) contida no material.
O conteúdo de carbono pode variar entre 05 (equivalente a 0,05% de C) e 95 (equivalente a 0,95% de C). Caso essa porcentagem ultrapasse 1,00%, usamos 3 dígitos conforme a regra de arredondamento decimal da ABNT com apenas 2 números após a vírgula. No caso da classificação SAE, essa vírgula não existe, mas a interpretação é a mesma.
Para identificar outros elementos no aço, observamos os dois primeiros dígitos (AB) em casas decimais:
- AB = 10 – aço-carbono simples
- AB = 20 – aço-Níquel
- AB = 30 – aço-Níquel-Cromo
- AB = 40 – aço-Molibdênio
- AB = 50 – aço-Cromo
- AB = 60 – aço-Cromo-Vanádio
- AB = 70 – aço-Cromo-Tungstênio
- AB = 80 – aço-Níquel-Cromo-Molibdênio
- AB = 92 – aço-Silício-Manganês
- AB = 93,94,97 e 98 – aço-Níquel-Cromo-Molibdênio
Essa é apenas uma visão mais básica e generalista para facilitar a interpretação, mas todo engenheiro terá acesso a uma lista completa dos percentuais de cada elemento contido na composição.
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