A relevância das indústrias de bens de produção no Brasil
São menos de 20 países no mundo que possuem alguma indústria de bens de produção relevante em seu território, e o Brasil é um desses! São mais de 6.000 empresas em nosso país que fabricam bens de produção, dos mais simples até centrais de hidrelétricas de grande porte.
O impacto dessa capacidade nos coloca em um patamar que apenas 10% de todos os países do globo conseguiram alcançar, mas será que estamos em uma posição de vantagem? Para responder essa questão, precisamos entender primeiramente o que são os bens de produção e qual o contexto desse setor industrial no Brasil.
O que são bens de produção?
Também conhecidos como bens de capital, os bens de produção são todas as máquinas e ferramentas utilizadas nas diversas cadeias produtivas. Esses itens não sofrem transformação ao longo do processo, como acontecem com as matérias-primas.
Um edifício onde é instalada uma indústria, por exemplo, é um bem de produção, bem como a linha de produção de uma máquina agrícola usada na fabricação de alimentos. Outro exemplo prático seria a diferença entre um fogão doméstico, que é um bem de consumo, e um fogão industrial de um restaurante, que é um bem de capital usado para produzir bens de consumo.
Como nasceu a indústria de bens de produção brasileira?
No nosso país, a ascensão da indústria de bens de produção teve início com o plano de metas implementado pelo presidente Juscelino Kubitschek, em meados de 1950, passando a ganhar mais espaço no final da década de 1970, com o segundo plano nacional de desenvolvimento.
O objetivo desse plano era desenvolver um parque industrial forte no país, capaz de atender a demanda do mercado interno. Também conhecido como II PND (Plano Nacional de Desenvolvimento), esse foi um dos projetos mais relevantes e conhecidos na história do país, servindo como uma resposta à crise econômica que resultava do primeiro choque do petróleo, no fim do que a história apelidou de “milagre econômico brasileiro”.
Os ministros João Paulo dos Reis Velloso, Severo Gomes e Mário Henrique Simonsen foram os principais arquitetos desse plano, extremamente ambicioso, que tinha como objetivo enfrentar os problemas decorrentes do choque do petróleo e da crise internacional. Foi o último grande plano econômico do ciclo desenvolvimentista e, provavelmente, o mais amplo programa de intervenção estatal na economia do Brasil.
Nesse período, o governo impedia a importação de bens de produção que tivessem similares nacionais e facilitava a importação de máquinas e equipamentos que não eram produzidos no Brasil com o objetivo de modernizar a nossa indústria. O resultado foi a consolidação de uma indústria brasileira de bens de capital forte, porém focada em produtos de baixa tecnologia.
Segundo dados do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) a indústria nacional de bens de produção conta com os seguintes números:
- Compõem 23% de todas as indústrias do ramo metalúrgico;
- Conta com mais de 23 mil empresas brasileiras;
- Emprega mais 550 mil profissionais;
- Mais de 30% dessas empresas são consideradas de médio porte;
- Mais de 65% possuem ocupações em áreas manuais.
A inovação das indústrias de bens de produção é essencial para o país!
Podemos tomar como exemplo o crescimento do uso do alumínio pela indústria automobilística que já citamos em nosso Blog. Trata-se de um material que favorece a inovação, visto que laboratórios em todo o mundo vêm desenvolvendo pesquisas e ampliando o nosso conhecimento sobre as propriedades de engenharia do material.
Nos últimos anos, surgiram novas técnicas de fabricação, soldagem e acabamento, fatores que estão proporcionando novas aplicações para o alumínio que antes não eram nem mesmo cogitadas pela indústria.
O setor herdou um sistema de manufatura que não acompanha bem o mercado internacional, principalmente no quesito tecnologia. Por isso é tão importante que cada empresa faça a sua parte para mudar esse cenário, criando um tecido industrial mais capacitado para atender demandas internamente e ganhar mais competitividade internacional.
A Coppermetal é distribuidora de ligas metálicas para o todo o Brasil e América Latina, e temos certeza de que a nossa matéria-prima é essencial para o desenvolvimento de novas tecnologias em ambiente nacional. Entre em contato com os nossos representantes, solicite um orçamento personalizado e comprove a qualidade dos nossos produtos!