Os diferentes métodos para evitar corrosão de metais
A corrosão de metais é um fenômeno natural provocado por reações de óxido-redução. Esse fenômeno ocorre quando uma superfície metálica sofre com uma degradação constante causada, principalmente, pela ação de agentes naturais, como por exemplo, o oxigênio e a umidade do ar.
Essas reações acontecem porque os metais possuem uma capacidade de oxidação maior do que a do oxigênio. O ferro, por exemplo, é um metal que se oxida facilmente quando fica exposto ao ar.
Em alguns casos, dependendo do tipo e do grau de corrosão, esse processo ainda pode ser revertido. Em outras situações, no entanto, podem ocorrer péssimas consequências industriais, como por exemplo, desgaste de estruturas, rompimentos de dutos e até mesmo vazamentos de substâncias químicas.
Por isso, ao longo deste artigo, nós vamos te ajudar a identificar esse processo em seus equipamentos e também iremos te mostrar como se prevenir da corrosão de metais, evitando assim gastos futuros.
Por que é importante evitar a corrosão de metais?
Assim como ocorre em outras reações químicas, a oxidação modifica a constituição dos materiais. No caso das indústrias, por exemplo, a maior consequência disso é a corrosão dos metais, sendo que um dos principais exemplos é o óxido de ferro ou a ferrugem, como é popularmente conhecida.
Ou seja, a corrosão representa uma modificação tanto física quanto química dos metais envolvidos, causando entre outras coisas, perda de equipamentos, risco de vida, diminuição de rendimento, aumento de gastos e, em alguns casos, pode até mesmo parar ou inviabilizar toda a sua produção.
Isso tudo alinhado ao fato de que o aço é um dos materiais mais utilizados na composição das máquinas industriais, demonstra a importância de se aplicar medidas protetivas contra este processo.
Como evitar o processo de corrosão de metais?
Durante a seleção de equipamentos, é extremamente necessário se atentar ao tipo e a qualidade do material que será utilizado, também é preciso ficar atento à compatibilidade entre os diferentes tipos de metais utilizados em um mesmo equipamento, bem como as condições que estarão envolvidas neste processo, como por exemplo, os níveis de PH, a temperatura e a velocidade dos fluidos.
Na Coppermetal, por exemplo, prezamos pela qualidade e pela excelência dos nossos produtos. Além disso, após selecionar um metal para uso também é importante controlar o comportamento deste metal frente à corrosão, utilizando métodos como a proteção catódica e a proteção anódica.
Afinal de contas, uma célula eletroquímica (metais) é formada principalmente por dois componentes: um polo positivo onde ocorre a oxidação (cátodo) e um polo negativo responsável pela redução (ânodo).
Proteção catódica
Essa técnica consiste em energizar os metais a serem protegidos, transformando-os em cátodos para eliminar assim os processos corrosivos. Essa energização pode ser feita com auxílio de metais como magnésio e zinco. Outra maneira de se realizar essa proteção é por meio de uma corrente impressa, que utiliza uma fonte externa de corrente elétrica para diminuir o potencial oxidativo da estrutura.
Proteção anódica
A proteção anódica, ao contrário da catódica, faz do metal um ânodo. Para isso, é aplicado uma corrente contínua em metais passivados (ou capazes de formar uma película protetora contra o óxido). Assim, essa película impede que o metal tenha contato direto com os meios oxidativos.
Inibidores de corrosão de metais
Os inibidores são substâncias adicionadas em pequenas quantidades a um metal como forma de diminuir e retardar a oxidação. Dessa forma, essas substâncias se tornam filtros protetores.
Os inibidores de corrosão são divididos em quatro categorias, sendo elas:
- Os catódicos;
- Os anódicos;
- Os de adsorção;
- E os de fase vapor (uma proteção temporária contra a umidade no transporte e estocagem).
Pintura Industrial
A pintura industrial é uma das técnicas anticorrosivas mais utilizadas no mercado, principalmente quando falamos na proteção do aço. Além disso, a maioria dos revestimentos feitos por pintura industrial são compostos por um esquema que envolve três camadas de tintas: tinta de fundo, tinta intermediária e tinta de acabamento, garantindo assim uma proteção reforçada ao material.
Metal de sacrifício
Esse método de proteção é muito utilizado em cascos de navio, isso porque os metais de sacrifício servem, basicamente, como um meio oxidante que sofre os danos no lugar do metal principal ou daquele que se quer preservar. O magnésio e o zinco, por exemplo, são muito usados para esse fim.
Ligas metálicas especiais
Algumas ligas metálicas como o aço inoxidável, composta de 74% aço, 18% cromo e 8% níquel, tem como uma das características principais o fato de não enferrujar, isso porque o cromo e níquel formam óxidos que evitam a corrosão de metais inibindo também a ação do oxigênio e da umidade do ar.
Revestimentos metálicos
Por fim, também é possível utilizar revestimentos metálicos como meio protetivo contra a corrosão.
Em síntese, esses revestimentos consistem na colocação de uma película entre o meio corrosivo e metal a ser protegido. Sendo um exemplo bem famoso desse método a galvanização.
Métodos de Galvanização
Conheça abaixo os principais métodos de galvanização:
1. Galvanização por imersão a quente:
A galvanização por imersão a quente é, basicamente, o processo no qual as peças de aço – independente de seu peso ou tamanho – são revestidas com zinco visando a sua proteção. Esse processo, geralmente, é realizado respeitando as seguintes etapas: desengraxe, 1ª lavagem, decapagem, 2ª lavagem, fluxagem, secagem, imersão a quente e, por último, resfriamento.
Ao se terminar este processo, uma quantidade de zinco fundido é arrastada sobre as ligas metálicas e, ao se solidificar, ele se transforma em uma camada de proteção externa praticamente pura.
2. Galvanização por imersão em banho de Zinco eletrolítico:
Neste processo de revestimento, os íons do zinco são ligados ao polo positivo (ânodo) de um metal e são levados através de um campo elétrico até uma peça ligada ao polo negativo (cátodo), revestindo assim o material. A galvanoplastia de zinco é regulamentada pela norma.
3. Cementação pelo Zinco (Sheradização):
Neste processo, as peças metálicas são aquecidas a 500º C em um tambor rotativo, juntamente com o zinco em pó. Durante o aquecimento, o zinco vaporiza e se difunde com o interior do aço, formando camadas de ligas intermetálicas Zn-Fe, protegendo assim aquele material da corrosão. Vale lembrar ainda que a Sherardização é um processo regulamentado pela norma EN 13811:2003.
4. Processo contínuo de Galvanização:
Como o próprio nome sugere, esse é um processo contínuo e recorrente para a proteção e o revestimento de aços e ligas metálicas. Suas etapas podem se subdividir em enxaguamento, desengraxe, cozimento, banho de zinco, torre de resfriamento, cromatização, secagem, entre outras.
Vale ressaltar, no entanto, que a Coppermetal não oferece serviço de reversão ou proteção contra corrosão de metais, mas os nossos produtos são devidamente estocados para evitar qualquer tipo de dano e para garantir que as nossas ligas cheguem até a sua indústria intactas. Para saber mais sobre as nossas ligas metálicas, entre em contato com a nossa equipe e solicite uma proposta personalizada!
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